domingo, 20 de junho de 2010

Turma do CQC faz deputados incluirem cachaça na lista de ítens da cesta básica

O quadro do CQC, programa da Band, apresentado nesta última segunda-feira(14) deixou os parlamentares em maus lençóis. Após o programa, os deputados pediram à área jurídica da Casa um estudo prevendo medidas que protejam a imagem dos parlamentares.

Acontece que a turma do Marcelo Tas contratou uma mulher para colher assinaturas dos "nobres colegas" à uma PEC(Proposta de Emenda Constitucional) fictícia que previa a inclusão de cachaça (aguardente, pinga) na cesta básica.

O resultado foi que muitos assinaram a PEC sem examinar e depois tiveram que dar explicações ao impertinente repórter do CQC sobre a importância da bebida destilada, de forte teor alcóolicocomo um ítem da alimentação do povo brasileiro.

"Deputados vão criar mecanismos para não serem constrangidos pela imprensa. Que mecanismos criar para não sermos constrangidos por eles?", disse Tas em seu Twitter.

Censura

O presidente da Associação Interamericana de Imprensa, Alejandro Aguirre, incluiu o Brasil entre os países cujos problemas com a liberdade de expressão representa dificuldades da situação no continente americano. Aguirre citou o caso da censura imposta ao jornal O Estado de S. Paulo, que está sob censura há 321 dias, e que, por determinação da Justiça, não pode publicar matérias que relacionem a investigação sobre Fernando Sarney (sob investigação e indiciado em vários crimes fiscais), feita pela Polícia Federal.

Comentário

Quem sabe instituindo uma medida, com prévia censura ao questionamento sobre a atuação dos parlamentares, pelo menos um benefício seja atingido: o de livrar o povo brasileiro do constrangimento que é constatar, assim, tão claramente, o modo como a coisa pública é tratada, a começar de cima. (Veja o vídeo)

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